COMO FIZ ANIVERSÁRIO NO DIA 19/03/2008;ME DEI DE PRESENTE ESTE POST,QUE POR SINAL E OTIMO!
VAGANDO PELA NET ACHEI ESTAS RARIS! E COMO SOU FÃ INCONDICIONAL DO FLOYD NÃO RESISTIR EM POSTAR!
ESPERO QUE GOSTEM!!!
POST ORIGINAL DO: MASONS'PIPE
PINK FLOYD-ANY COLOUR YOU LIKE (29/11/1972)Esta apresentação do Pink Floyd na França, no final de 72, já apresenta um "Dark Side of The Moon" mais lapidado em relação à gravação de fevereiro abaixo. Os solos de guitarra já se apresentam próximos ao do disco, mas "On The Run" e "Any Colour You Like" ainda são excelentemente diferentes, "Money" é uma porrada e "Great Gig in The Sky" ainda não tem voz, mas já conta com o piano. Um detalhe é que, até este ponto de sua carreira, o Pink Floyd ainda se apresentava sem músicos de apoio, só com os quatro integrantes no palco. E isso é um baita detalhe porque dá para se ter a noção exata do que era a sonoridade do Pink Floyd ao vivo. Músicos de apoio só apareceriam no ano seguinte, muito por causa de Dick Parry, saxofonista em "Money e "Us and Then", e Clare Torry com sua espetacular vocalização em "The Great Gig in The Sky". Levada por Allan Parsons, então tecnico de som do "Dark Side of The Moon", fez duas tomadas e meia da música e a imortalizou num improviso contagiante. Mais tarde Claire ganharia uma ação na justiça pela co-autoria da música. Neste link você pode conferir uma ótima entrevista sobre sua participação com o Floyd:
http://www.brain-damage.co.uk/other-related-interviews/clare-torry-october-2005-brain-damage-excl.htmlVoltando ao bootleg, além de uma belíssima apresentação do "Dark Side" ainda traz um "encore" de mais meia hora com "Echoes" e "One of These Days", esta uma pedrada. A qualidade sonora é boa com alguma distorção e, como um bom bootleg dos anos 70, roda um pouco mais rápido que o normal, devido a ter sido gravado em vinil de alta capacidade, recurso usado na época para que coubessem mais músicas em cada lado do disco. Dá para corrigir fácil no Sondforge, por exemplo, mas preferi manter a "originalidade" do bootleg.
O Pink Floyd fez cerca de 85 shows em 1972, e mais 17 em 73, passando de 100 apresentações, até março, mês de lançamento do "Dark Side" . O primeiro show é o abaixo, "Best of Tour 72", e este aqui é aproximadamente o de número 77 , se minha fonte não me trair (eterno dilema dos pesquisadores). Já no disco oficial, os vocais de Clare Torry e o saxofone de Dick Parry dão nova cara ao trabalho final, além de influenciarem no futuro dos shows da banda, pois eles não mais se apresentariam só os quatro no palco.
É muito interessante acompanhar a evolução das apresentações do "Dark Side" e como eles foram chegando ao trabalho final. Além de "Echoes" e "One of These Days" esta gravação não traz os cortes em "Time" e "Us and Then" do show de fevereiro no Rainbow Theatre. Estes discos são a exata noção do potencial do "Dark Side" ao vivo na época, principalmente, interpretado e apresentado apenas por seus criadores.
Se o disco do Gilmour é um disco de guitarrista e não de progressivo, este aqui é um disco de tecladista, e também de progressivo! E um progressivo de ótima qualidade, diga-se de passagem, e com um ótimo tecladista, Wright. Posso afirmar sem medo de errar que este é o melhor disco solo de um Floyd até hoje, musicalmente falando. Também traz uma grande harmonia com as canções do Wright lançadas no Pink Floyd como "Remember a Day", "See-Saw" e "Summer 68", respectivamente de Saucerful of Secrets, de 1968, e Atom Heart Mother, de 1970, discografia que ainda não vimos aqui no blog, mas que aparecerá mais adiante, mostrando que Wright tinha sim uma regularidade criativa bastante interessante.
O que também intriga é como sua carreira como músico praticamente acaba aqui; em 80 é demitido do Floyd por Waters, em 84 grava um disco horroroso, numa banda chamada Zee, e só volta realmente a aparecer bem com o Division Bell, do Floyd, em 1994, e em outro disco solo, Broken China, de 1996; também apareceu em 2006 excurcionando com Gilmour na turnê do On A Island e fotos podem ser vistas no post mais abaixo sobre um destes shows.
Este disco recai naquela questão sobre a criação no Floyd, que retratamos em Animals. Se Wright estava com tão boas músicas no bolso, é incrível que nenhuma delas entrasse no repertório do Floyd, visto que este disco é muito mais floydiano do que o do Gilmour, por exemplo. Quando falo que este disco é progressivo e floydiano não estou brincando, tanto que, para quem se lembra da Rádio Eldo-Pop, FM experimental que tocava progressivo a rôdo o dia inteiro nos anos 70, a música "Waves" deste disco, tocava direto. Esta realmente uma música execpcional, com toda a categoria do saxofone do rodadíssimo Mel Colins, que também faz belo solo de flauta em Pink's Song (na verdade, a discografia de participações do cara é enorme, além das bandas que já tocou como King Crimson, Camel, Caravan e Alan Parson's Project).
Todo o teclado do disco e os vocais são do Wright, assim como todas as composições, dividindo apenas a letra de "Against The Odds" com sua esposa, Julliete.
Completam o time de músicos o guitarrista Snowy White (que já vinha se apresentando com o Floyd na turnê do Animals e mais tarde, em 79, seguiria para o Thin Lizzy, um bandaço de Rock da Irlanda), o baterista Reg Isadore (que tocou com Robin Trower em seu mais aclamado disco, Bridge of Signs, de 1974) e o baixista Larry Steele.
Portanto, o que temos aqui é um compositor de primeira, uma banda excelente, e um disco imperdível.
Se Waters deixasse...
http://www.mediafire.com/download.php?9caa9dvdmwmEm março de 2006, tive a oportunidade de assistir, em Paris, ao show do David Gilmour, guitarrista do Pink Floyd, lançando seu último trabalho solo, o CD "On A Island". A banda ainda contava com, nada mais, nada menos, o tecladista original do Floyd, Richard Wright e o saxofonista Dick Parry, o mesmo que toca nas músicas "Money" e "Us And Then", do "Dark Side of The Moon" de 1973, e "Shine On You Crazy Diamond", do "Wish You Were Here" de 1975, dois discos obrigatórios do Pink Floyd.
O lugar, a tradicional casa de espetáculos Olympia, a mais antiga de Paris, estava lotado e os ingressos esgotados há semanas. A única maneira de conseguir um na hora, era através de cambistas que estavam por toda parte em frente ao local do show. E esta foi minha sorte, pois foi assim que consegui o meu ingresso, pagando a bagatela de 130 euros (o normal seria 90).
Ouvir um disco do Pink Floyd ou do próprio David Gilmour já é uma experiência sensacional no ponto de vista técnico e criativo. Mas a sonoridade da guitarra e da voz de Gilmour, ao vivo, realmente explicam o sucesso que arrebata seus trabalhos. Músico exemplar, Gilmour melhora suas habilidades com o passar dos anos. No show toca saxofone em "Red Sky at Night", do seu novo CD; sua voz está ótima e sua técnica perfeita, tanto na guitarra elétrica ou havaiana, quanto no violão; e ainda demonstra simpatia e empatia ímpares com a platéia, que diferente dos pobres mortais sul-americanos, estão acostumados a vê-lo, de longa data, inclusive com o próprio Pink Floyd (Gilmour morou na França quando jovem e se comunica fluentemente em Francês). E falando em Floyd, ele abriu o show com "Shine on You Crazy Diamond", inteira, começando já aí o encantamento da noite; detalhe: o palco tem cerca de um metro e maio de altura, fazendo com que a distância do artista para a platéia seja mínima. Tocando depois seu disco novo inteiro, completou a primeira parte do show com "The Great Gig in The Sky", do "Dark Side of The Moon".
Após um breve intervalo, veio a segunda parte do show, toda dedicada ao Pink Floyd. Para minha surpresa relembrou canções do "Obscured By Clouds", de 1972, e tocou "Echoes", do "Meddle", de 1971, esta para mim, o ponto alto da noite, por se tratar de uma música em que os vocais originais no disco são do Gilmour e do Wright. Ou seja, para assistir a uma "Echoes" cantada com as vozes e guitarra originais do Floyd, só na década de 70 ou na noite de 13 de março de 2006, no Olympia, em Paris.
Aqui disponibilizo as fotos que tirei e uns AVIs que consegui registrar. Infelizmente não tinha um cartão de 4 GB na máquina para registrar tudo; mas o que importa? O que importa!? O que importa é que eu estava lá.
Shine on!
http://www.mediafire.com/download.php?6tjojhoxdfo"Animals", de janeiro de 77, é o disco que inaugura uma nova fase no Floyd. O "Wish You Were Here" foi a pá de cal sobre o Pink Floyd grupo, agora era banda do Roger Waters mesmo, mesmo que um tanto disfarçado. Gilmour assina "Dogs" com Waters e isto era quase metade de todo o trabalho do disco, mas no final das gravações, Waters aparece com duas "mini-músicas", "Pigs on The Wing 1 & 2", para abrir e fechar o álbum. Isso causou um mal estar na época, pois os royalties das publicações eram por quantidade de músicas nos discos e não pela duração das mesmas. Desta forma, e como "Dogs" foi deixada inteira (e não separada como "Shine On You Crazy Diamond", por exemplo), Waters ficou com duas publicações a mais. Este tipo de coisas causariam tensões maiores adiante, principalmente com a recusa de Waters em aceitar opiniões e co-participações nas músicas que viriam. E para até dizer a verdade, nem precisaria, pois o próximo trabalho seria o "The Wall", algo que para confirmar o que o Pink Floyd havia se transformado: banda de Roger Waters. Por sinal, Waters apareceu com "The Wall" e "Pros and Cons of Hitch Hiking" para serem votados como o próximo trabalho do Floyd e, felizmente, o primeiro foi mais votado. "Pros and Cons" viria a ser o primeiro solo de Waters pós Floyd.
"Animals" é um disco diferente de tudo que o Floyd já havia feito, um pouco mais pesado, mais sarcástico e seguindo uma linha crítica ao invés de reflexiva. Mas em termos de performance, a banda não deixa a desejar em relação ao disco anterior. Mason, tem um trabalho mais aparente neste disco, o próiprio Waters está tocando e cantando muito bem, enquanto Wright assume que sintetizadores são mais sua praia do que as harmonias em piano. Mas, na minha opinião, o que temos mesmo em "Animals"é uma grande performance de Gilmour, principalmente em "Dogs", carro chefe do disco, onde ele leva a música nas costas, ou melhor, nas mãos e na voz, com solos excelentes e vocalização perfeita. Também é nesta época que aparecem os rumores de que era Gilmour quem tocava baixo na maioria das músicas em estúdio e não Waters. Mas ao vivo a coisa não era assim, e reputo isso então como uma leviandade. Declaradamente o primeiro baixo que se ouve em "One of These Days", do "Meddle", é realmente Gilmour, depois é que Waters entra, fazendo o som dobrado do baixo.
Lançado dois anos depois de "Wish You Were Here", este disco mostra o quando a questão da criação jé estava comprometida no Floyd, principalmente porque, como vimos abaixo, "Sheep" e "Dogs" já eram apresentadas desde 1974. Mesmo sendo esboços na época, mostram que estas músicas estavam à disposição para serem lançadas. E até eram para terem sido no disco anterior, mas, como dito abaixo, Gilmour foi voto vencido. Com mais uma música temática e duas pequenas de abertura e fechamento, "Pigs" e "Pigs On The Wing 1 & 2", respectivamente, Waters deu notas finais ao disco, mas sua espinha dorsal há muito já estava pronta.
http://www.mediafire.com/download.php?aym0i4m5sv9Na minha opinião, Meddle é um
divisor de águas na carreira do
Floyd. Vejo neste disco a transição da banda para o que seria o progressivo mais bem sucedido da história.
Digo isso porque os números do
Pink Floyd impressionam em relação à variantes
como vendas, tempo nas paradas, longevidade visual e etc. Do "
Dark Side Of The Moon", de 1973, em diante nada mais seria o mesmo.
Meddle é um dos meus discos preferidos deles
exatamente por representar o fim de uma fase e o início de outra, que eu chamo de
gênese do estilo que consagrou o
Pink Floyd. E é também neste disco que tem a "
Echoes" , a música que eu apontei como o ponto alto do
show do
Gilmour.
O
psicodélico do
Floyd, como o conhecíamos, acabava neste disco.
E realmente, dentro da sonoridade do
Floyd, aquilo estava mesmo com os dias contados. A evolução de
Gilmour como guitarrista era evidente e pedia mais solos
como os de "
Time" e "Money" do que de
como os de "
Careful With That Axe,
Eugene", "
One of These Days" ou mesmo "Echoes"; por melhores que estes fossem . O "
Wish You Were Here", de 1975, está aí para comprovar onde o estilo da guitarra de Gilmour chegaria; o
Pink Floyd atingiu ali seu ápice criativo. "
Dark Side of The Moon" e "
Wish You were Here" são trabalhos geniais, mostrando cinco músicos (tinha o sax de Dick Parry) no auge e entrosados. Representam também o fim da democracia no
Pink Floyd. Dali em diante
Roger Waters surta e começa colocar para fora suas
depressões políticas e
sentimenteais, que por mais geniais que fossem, levariam o
Pink Floyd ao máximo e à lona. O muro cai em 1983 mostrando o que havia do outro lado: "
The final
Cut". Nunca se falou tanto em
Pink Floyd como na
década de 1970, preríodo que compreende dos discos Meddle até o The Wall (1979).
E voltando a falar do
Meddle, o disco deste tópico, é nele que a transição que leva a tudo isso que falei acima acontece. O "
Underground" acabava ali.
Por isso e também por "One of These Days", "Pillow of Winds", "Fearless" e "Echoes", este disco é genial.
Viram como ele é importante?
http://www.mediafire.com/download.php?2oh2dax0evz Então falávamos do fim do Pink Floyd "underground" e do próprio psicodélico floydiano dos anos 60. Entramos em uma era onde o Pink Floyd seria reconhecido como um mega-star do rock, referência em progressivo e, principalmente, com um estilo único, inimitável, diferente de outras bandas como Genesis ou Emerson, Lake & Palmer por exemplo, que sempre surgia algo parecido.
Lançado então depois de Meddle, este disco é nada menos que o precursor do grande e aclamado "Dark Side of The Moon". E o que que ele tem a haver com seu sucessor? Absolutamente nada. Obscured by Clouds é um disco de canções, mais uma trilha sonora, desta vez para o Filme "La Vallée" de Barbet Schroeder, o mesmo de "More", de 1969, que era considerado um diretor de cinema de vanguarda à época na França, junto com Godard e Rivette.
O disco traz o Floyd afastado dos temas conceituias e dos elaborados sons progressivos, progressivados e progressivantes (parodiando Bourdieu) que eram suas características. Não que o estilo deixará de existir, mas vai mudar e iniciar uma fase áurea, não só do Floyd, mas como do rock progressivo em geral. O progressivo explode no mundo na década de 1970 e é lá que estão os seus maiores destaques, é lá que está o que de melhor foi produzido. E nesta explosão, a marca Pink Floyd sempre esteve presente.
Ou seja, sobre o disco, você não tem que prestar muito a atenção nele como tinha que fazer nos anteriores e nem como passará a fezer nos posteriores; tem apenas que curtir.
Na minha opinião este disco é como se realmente desse uma parada entre os estilos da banda, o anterior e o que seguiria para frente, sem ele ter nada a haver com um ou outro.
Esse progressivo que virá depois, com grande qualidade técnica, letras brilhantes e um forte apelo comercial, deu muito certo e fez do Pink Floyd uma potência de vendas tão grande a ponto do "The Wall", de 1979, ser o disco de Rock mais vendido da década de 1970, e ele era duplo.
Portanto, Obscured By Clouds pode até passar despercebido na discografia da banda e, se você não parar para observá-lo, não saberá que existe algo entre o Meddle e o Dark Side. E exatamente por não ser um disco progressivo-cabeça, é interessantíssimo no ponto de vista conceitual, ou seja, sem conceito, apenas um disco de canções.
E boas.
http://www.mediafire.com/download.php?05ddwdraxt3Este é o que eu considero o máximo criativo e perfeito do Floyd. Isto é a minha opinião, quero deixar bem claro, assim como quero deixar bem claro que falo do Floyd como um conjunto, um grupo, e não o que viria ser depois, a banda de Roger Waters (e também excelente, diga-se de passagem).
Este disco é perfeito. As músicas, as melodias, as letras, os solos do Gilmour; as composições são realmente de primeiríssima qualidade, algo realmente na dimensão do Floyd. O que também me impressiona é que justamente este disco que eu tanto adoro e considero uma perfeição até maior que o "Dark Side" (por favor, é minha opinião), foi gravado em completo turbilhão da banda, com os membros mal se falando ou mesmo olhando um na cara do outro. Era o Pink Floyd que ninguém conhecia que estava lá gravando, um bando sem nenhuma vontade de fazer aquilo, de saco cheio do show business, ricos depois de "Dark Side of The Moon" e achando que não haveria mais nada a fazer ou acrescentar depois dele. O disco já estava pronto na forma que estava sendo apresentado ao vivo, nos shows abaixo. A banda procurou então fazer alguma coisa que teria a haver com o que eles estavam passando e sentindo na época: uma grande desilusão com tudo, com os shows, com a sombra de Syd e no que ele se transformou, com o mercado fonográfico - e isso foi fundamental para dar alguma motivação para criar. Daí sacaram "Raving e Drooling" e "You've Got To Be Crazy" (a contra gosto de Gilmour, mas foi voto vencido), e entraram com "Welcome to The Machine", "Have a Cigar" e "Wish You Were Here".
Existe também o histórico episódio de Barret ter aparecido em Junho de 75, durante as gravações do álbum, gordo, cabeça e sombrancelhas raspadas, irreconhecível, algo que também deprimiu bastante a todos, mas também inspirou Roger a escrever sobre ele e mexeu com a própria banda para terminar o trabalho.
Por isso este seja um disco tido como uma homenagem a Syd Barret, mas apenas a letra de "Shine On You Crazy Diamond" é para ele, a música não. Waters fez a letra depois que Gilmour apareceu com as primeiras frases da música, que foi sendo completada "com a adição de pequenas idéias musicais vindas de várias pessoas" (Waters), até ficar pronta; exatamente como foi com "Echoes", um monte de idéias reunidas que viraram músicas (e que músicas!). "Welcome to The Machine" fala sobre a relação e a adulação da indústria fonográfica (the machine) com os músicos, "Have a Cigar" também é uma crítica ao mercado e o que realmente importa nele ( "The band is just fantastic, that is really what I think. Oh by the way, which one's Pink?"), e "Wish You Were Here" Roger Waters fez para o pai dele. Portanto, a "presença" de Syd no disco não é tão forte quanto decantada (ou tão comercialmente decantada) em sua originalidade. Mas é impressionante como se encaixa perfeitamente naquela figura.
Ou seja, este maravilhoso disco, obra sensacional, e o que mais eu poder tecer de elogios sobre ele, não representa o Floyd saboreando o sucesso alcançado mas sim uma banda fragmentada, sem vontade e triste com o que haviam se transformado (uma máquina de vender discos e autônoma, sem mais identificação com os integrantes ou seu público). Havia um grande "temor" entre eles do tipo, "o que somos sem a marca Pink Floyd?" Pouco depois Gilmour e Wright lançariam discos solo.
Tudo isso sobre o "Wish You Were Here, este disco maravilhoso, me lembra um filme que vi, "Uma simples formalidade" com Gérard Depardieu & Roman Polansky, onde o primeiro fazia o papel de um escritor excêntrico, enquanto o segundo de um grande fã seu. Após recitar vários trechos que achava sensacionais nas suas obras, o fã ouve do escritor que ele nunca deveria conhecer seus ídolos ou perguntar como certa coisa que lhe agradou foi feita, pois a inspiração poderia ter vindo de um ataque de diarréia com seu criador sentado na privada. Melhor manter as ilusões.
Não é a mesma coisa, mas lembrei desse filme.
Este disco, dois anos depois do "Dark Side" teve seu brilho ofuscado pela grande vendagem que ainda tinha seu antecessor, sendo reconhecido como uma grande obra tempos mais tarde.
Justiça tarda mas não falha.
Shine On!
http://www.mediafire.com/download.php?emxmvlzbbo1Gravado em 16 de Novembro de 1974, no Empire Pool, em Wembley, este bootleg traz o show completo desta noite da fomosa "British Winter Tour". E é um baita show. Começam apresentando "Shine on You Crazy Diamond", inteira, numa peça única de 24 minutos; a seguir vem "Raving And Drooling" e "Got To Be Crazy", músicas que bem mais a frente se chamariam "Sheep" e "Dogs", entrando não no próximo disco, "Wish You Were Here", de 1975, mas sim no "Animals" de 1977. Já mencionei que eles sempre trabalhavam as músicas que seriam lançadas antes, em turnê, e aperfeiçoavam de acordo com a receptividade e de como achavam que soavam ao vivo. É bastante perceptível as mudanças antes e depois dos lançamentos dos discos "Dark Side of The Moon", "Wish You Were Here" e "Animals".
Neste show o Floyd já se apresenta com saxofonista Dick Parry, além de "backing vocals" femininos, para parte do "Dark side of the Moon". "Shine On You Crazy Diamond", ainda em estado embrionário, não continha o solo de saxofone, enquanto "Dogs" e "Sheep" ainda sofreriam drásticas mudanças tanto na letra como na própria música. É interessante prestar a atenção à apresentação do já lançado e aclamado "Dark Side of The Moon", bem próxima do que é o disco e diferente das apresentadas antes do lançamento. "The Great Gig in The Sky", por exemplo, já conta com a parte vocal e "On The Run" é uma aula de efeitos sonoros e o que mais viria no futuro a se chamar música eletrônica. Neste show, a parte do "Dark Side" foi transmitida ao vivo pela BBC e isso gerou vários bootlegs, porém este é o único com toda a performance daquela noite. Neste link você encontrará as fotos do show do dia 14, dois dias antes do deste post, e no mesmo lugar:
http://www.pinkfloydz.com/wembley74/a.htmForam quatro noites no "Empire Pool" (14 a 17) e um total de 32000 pessoas assistiram aos shows, numa época em que o "Dark Side of The Moon" atingia cinco milhões de cópias vendidas.
Por sinal, o show do dia 14 também é apontado por Gilmour como o mais fraco de toda a turnê daquele ano por causa de problemas com o equipamento. Tudo corrigido, esta performance do dia 16 é espetacular.
O Pink Floyd virara um super grupo e o papo agora eram mega-shows, estádios cheios e muita, muita pressão. O diálogo entre David Gilmour e a platéia, entre as músicas "Sheep" e "Dogs" mostra a relação da banda com o passado e com que eles queriam para o futuro: tocar músicas novas e viver um novo repertório; não era mais 1967, eles estavam em 1974 !
Este bootleg contém duas horas e vinte minutos de um show imperdível, muito bem gravado e muito, muito bem executado. A gravação não apresenta divisões nas músicas do "Dark Side", figurando como apenas uma faixa no disco; e isto é muito legal porque você tem que ouvir a execução inteira! No final eles ainda voltam para um "encore" com "Echoes", fechando uma noite realmente sensacional.
CD 1 - 1) Shine On Crazy Diamond 2) Raving And Drolling (Sheep)
3) You gotta Be Crazy (Dogs) 4) Dark Side of The Moon.
http://www.mediafire.com/download.php?4el1tbmnnjgCD 2 - 1) Dark Side of The Moon 2) Echoes
http://www.mediafire.com/download.php?fazz5uzlzwy"Echoes" é realmente uma música que me impressiona, principalmente no solo do Gilmour. Abaixo relacionei um show que é tido como a melhor Echoes já registrada ao vivo, mas esta aqui também não faz feio; e é anterior àquela muito boa mensionada, criando até dúvida de qual a melhor, levando-se em consideração a diferença de um ano nas datas. Esta gravação é de 12 de outubro de 1971, em Londres, com qualidade sonora elogiável e ainda tem as faixas "One of These Days" e "Fat Old Sun" em ótimas apresentações. É um CD curto, na verdade do tamanho de um disco de vinil, na casa dos 47 minutos.
Outra coisa interessante é que o LP Meddle só seria lançado em 05 de novembro daquele ano, ou seja, "Echoes" e "One Of These Days" já eram conhecidas do público. Por sinal, o Pink Floyd fazia muito isso de apresentar as músicas antes em shows que não eram propriamente de lançamentos destas. Assim, percebiam e reação do público e acertavam detalhes da música até estar pronta e ir para "bolacha". Isso foi muito usado no "Dark Side of The Moon", "Wish You Were Here" e "Animals". Os dois primeiros, por exemplo, foram apresentados um ano antes de serem oficializados enquanto as músicas "Dogs" e "Sheep" eram apresentadas em forma embrionária em 1974. Só seriam lançadas em disco em 1977, com o "Animals".
Gosto muito deste disco, todas as músicas estão bem tocadas. Por sinal, eu tenho ele em vinil também e era comercializado como "Floyd's of London".
http://www.mediafire.com/download.php?2mfyw7ydmx0Este bootleg, gravado no Madison Square Garden, em NY, é muito interessante porque traz o "Wish You Were Here" inteiro, como se fosse o próprio ao vivo do disco acabado e pronto. E é também uma apresentação perceptívelmente tensa do Floyd. Excelente, mas perceptívelmente tensa. Quatro dias depois, 06 de julho, no Estádio Olímpico de Montreal, Waters cuspiria em um fã histérico, no 52° show de uma turnê Europa-EUA-Canadá, que começou em 23 de janeiro, mais precisamente em Dortmund, na Alemanha. A coisa foi tão feia que o Floyd só voltaria a se apresentar ao vivo para turnê do "The Wall", em fevereiro de 1980, e já com um muro construído para isolar a banda do público e em lugares para lotação máxima de 5000 pessoas. A idéia que Waters teve em 75, ganhava luz.
Percebo neste show, que já conta com Snowy White como guitarrista e baixista de apoio (ele inclusive sola na introdução de "Have a Cigar?"), que Gilmour está com a mão bem pesada, com uma guitarra rasgante, tocando muito bem mas de uma forma mais "hard". "Have a Cigar?" por sinal está o bicho e junto com uma "Wish You Were Here" belíssimamente tocada e interpretada, fazem o ponto alto do show. Waters, já no limite, meio que começa a se apresentar de forma teatral, Rick Wright tem ótima performance e o Mason parece um baterista fúnebre.
A gravação do show é excelente e, para época, poderia ser colocado como um disco oficial, um verdadeiro "Wish You Were Here Live", quase dois anos depois do seu lançamento.
Disco muito legal.
http://www.mediafire.com/download.php?5gzlmxg2mwdEste aqui é um dos melhores bootlegs que tenho. Nele podemos comtemplar uma primorosa apresentação do Pink Floyd, tocando exatamente estes dois últimos discos postados abaixo, ainda dentro da última turnê deles antes do lançamento do "The Wall" (que é pela primeira vez apresentado em público só em fevereiro de 1980, não sendo tocado antes de seu lançamento, como os discos anteriores). A qualidade da gravação é ótima.
Este show é quase dois meses antes que o "Live USA" postado abaixo, mas também já apresenta sintomas de que algo não vai bem. Embora a performance da noite seja excelente, Waters erra na segunda estrofe de "Have a Cigar?", cai na gargalhada e ainda entra errado na terceira. Há um detalhe em "Shine On" VI : ou fizeram um corte com mixagem na gravação e prensagem do cd, ou Waters erra de novo ao entrar cantando antes do tempo, pois sua voz sobrepõe o final do solo do Gilmour.
Neste show, o "Animals" e o "Wish You Were Here" são tocados inteiros, além de "Money" (fenomenal), "Us And Them" (sensacional com Gilmour cantando quase toda sozinho) e "Careful With That Axe, Eugene" (numa de suas últimas apresentações ao vivo na carreira do Floyd, com um arranjo moderno e muito bacana). Também é possível ouvir a guitarra de Snowy White em background (o solo de "Pigs on The Wing" II é dele), além do sax de Dick Parry que está perfeito sempre que aparece. Nesta turnê por sinal, o "Dark Side" já não é mais apresentado inteiro, algo que só voltaria a acontecer no Pulse, de 1994.
Eu particularmente sou um grande fã de Floyd em geral, mas esta fase da banda, e em especial este show, vejo um David Gilmour em excelente forma técnica e artística, quero dizer, tocando e cantando muito bem. Percebo uma preformance destacada dele neste show, mesmo com todos os músicos se apresentando muito bem, mesmo com Waters pré-surtando.
É ouvindo uma apresentação como esta é que dá para se perceber a sonoridade das músicas do Pink Floyd ao vivo, e entender porque sempre foram aclamados em seus shows.
CD 1) 1- Sheep 2- Pigs On The Wig 3- Dogs 4) Pigs On The Wing II 5- Shine On You Crazy Diamond (1-5)
http://www.mediafire.com/download.php?5barezjm1etEscrevi abaixo que David Gilmour tocou em seu show em Paris a música "Echoes". Fiquei pensando o quão impressionante é a sonoridade desta música ao vivo. Por sinal, não só "Echoes" mas o Pink Floyd ao vivo é realmente espetacular, exatamente pela sonoridade de suas músicas e pela potência das performances de seus integrantes. Este Bootleg, excelentemente gravado em 15 de novembro de 1972, em Böblingen, Alemanha, traz além da "Echoes", versões explosivas de "One of These Days" e "Careful With That Axe, Eugene". Digo explosivas porque ambas estão bem "pesadas", barulhentas, psicodélicas e com uma grande dose de improvisos em relação às versões originais. Ou seja, estão espetaculares! Embora seja um show de 1972, quando o LP Meddle já havia sido lançado, "Echoes" é apresentada como "Looking Through The Knotholes in Grannys Wooden Leg"; e esta versão é tida como a melhor apresentação desta música registrada ao vivo. Ao menos, das que eu tenho, esta realmente é muito boa.
Este Bootleg é raríssimo e na contra capa vem escrito "Limited Edition of 2000 copies".
Bom, verdade ou não, esta é uma delas.